Revista Educação Gráfica

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WILLIAM KENTRIDGE E A MATERIALIZAÇÃO DO TEMPO NO ESPAÇO / WILLIAM KENTRIDGE AND TIME MATERIALIZATION IN THE SPACE

Resumo

A obra de William Kentridge se propaga desde o final do século XX até os dias atuais de forma magistral, baseada em um profundo sentido ético e numa preocupação com a memória e a conservação temporal de seu país. O artista abrange diversas linguagens como animação, instalação, vídeos e esculturas, unificando sua expressividade em um estilo próprio e em temas baseados no cotidiano, em um presente marcado por um passado fruto de conflitos da África do Sul. A partir dos traços sociopolíticos, Kentridge revela uma inequívoca afinidade com o universo da arte contemporânea ao demonstrar a importância dos aspectos de sua poética em um contexto temporal como forma de concretizar os conceitos retratados no espaço de sua obra. Em meio a esse panorama, o presente artigo tem como intuito a análise de duas obras das linguagens artísticas mais utilizadas por William Kentridge (animação e instalação) como forma de exemplificar sua relação com o futuro que advém do passado e da personificação da memória como presente. Desta forma, pretende-se mostrar que o tempo é apresentado de modo subjetivo na obra de Kentridge e se torna uma dimensão suplementar ao se materializar em meio ao espaço.

Palavras-chave: Kentridge; tempo; animação; instalação; memória; contemporâneo.

 

Abstract

The work of William Kentridge diffuses magisterially since late twentieth century based on a deep ethical sense besides in concern with memory and time conservation of his country. The production of this artist covers several different languages, such as animation, installation, videos and sculptures; consolidating his expressivity in a peculiar aesthetic and in themes based on day-to-day, in a present branded by a past resulted from conflicts of South Africa. From these socio-political features, Kentridge reveals a clear affinity with the world of contemporary art highlighting the aspects of his poetry in a temporal context as a way to materialize the concepts portrayed in the space of his work. Surrounded by this landscape, this article has the intention to analyse two works from the most used artist languages by William Kentridge (animations and installation) as a way to illustrate its relationship with the future that comes from the past besides the personification of memory like the present. Thus, the present manuscript wants to show that time in William Kentridge’s work is presented subjectively and becomes a supplementary dimension to materialize in the midst of space.

Keywords: Kentridge; time; animation; installation; memory; contemporary.

 

Autores

Amanda Cristina Marcolino e José Marcos Romão da Silva

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