Foi com muita satisfação que aceitei o convite para “prefaciar” a Revista EducaçãoGráfica, já na sua 15ª edição. Parte da satisfação vem do privilégio de ter participadodeste projeto desde sua primeira edição, em 1997. Como designer, elaborei o projetográfico da revista, utilizado até a última versão impressa, em 2005.Completo minha satisfação percebendo que a Educação Gráfica, agora emsuporte digital e on line, conquistou uma abragência merecida e compatível com aimportância que adquiriu no cenário nacional, destacando-se como uma das principais –e pioneiras – propostas de publicação que une áreas como artes, arquitetura e designatravés da expressão gráfica. E não só. O desenho embrenha-se pelas tecnologias queservem às ciências em geral, bem como áreas mais “exatas”, como as engenharias e amatemática.Nesta edição encontramos uma diversidade de assuntos capaz de envolver muitosleitores, não obstante vários dos textos apresentarem pontos em comum.Um dos artigos é sobre a escola Bauhaus, cuja história, fundamentos emetodologias umbricaram-se nas artes, arquitetura e design, bem como no projetoindustrial.Da arquitetura, um artigo aborda a ergonomia ambiental, utilizada em uminteressante estudo sobre a influência do ambiente térmico urbano no comportamentode pedestres. Do design e das artes, o ornamento é estudado e analisado através de ricoinstrumental teórico.As metodologias de ensino destacam-se em outros três artigos, indo desde odesenvolvimento de processos educativos experimentais na área da tipografia ao ensinoda geometria para alunos dos cursos fundamentais com o auxílio de tecnologias,softwares e linguagens digitais. No terceiro artigo deste agrupamento que fiz, essaslinguagens digitais são abordadas ainda como ferramenta no ensino e aprendizagem deprojetos.A metodologia projetual se sobressai também em três artigos. Os processos deprojetação usados por designers gráficos evidenciam-se em dois deles, um tratando dosimpactos das tecnologias na criação gráfica e o outro indagando as metodologias decriação no jornal impresso. No terceiro texto, resgata-se o valor da criação inicial,desinibida e imaginativa expressa através dos croquis utilizados no desenhoarquitetônico.Destas amarrações possíveis nos resta perceber as relações que cada vez mais seestabelecem entre áreas e saberes, costuradas pela “linha” do desenho e da expressãográfica. Evidenciar isso tem sido o papel da revista que agora você pode ler. Aproveite.

Autores

Profa. Dra. Cassia Leticia Carrara Domiciano