Resumo

Este artigo discute a maneira pela qual o ensino de design visual ainda é praticado no Brasil, privilegiando uma história única, branca e tida como universal – uma prática que termina por invisibilizar tantas outras existentes. Reflete, ainda, a importância no uso das mídias digitais e das redes sociais como propulsoras de novas epistemes e invenção do nosso imaginário individual e coletivo. E, por fim, apresenta as plataformas digitais “Projeto Afro”, idealizada pelo jornalista Deri Andrade e a “DGNR – Designers Negres no Brasil”, concebida pelo designer e ativista Wagner Silva, como duas iniciativas nacionais para a promoção, difusão e visibilidade da produção intelectual e material de artistas e designers afro-brasileiros.

Palavras-chave: design decolonial; midiativismo; epistemologia; branquitude

Abstract
This article discusses the way in which the teaching of visual design is still practiced in Brazil, favoring a single, white story that is considered universal – a practice that ends up making so many others invisible. It also reflects the importance of using digital media and social networks as drivers of new epistemes and the invention of our individual and collective imagination. And, finally, it presents the digital platforms “Projeto Afro”, created by journalist Deri Andrade and “DGNR – Designers Negres no Brasil”, conceived by designer and activist Wagner Silva, as two national initiatives for the promotion, dissemination and visibility of intellectual and material production of Afro-Brazilian artists and designers.

Keywords: decolonial design; mediativism; epistemology; whiteness

Autores

Jean Carlos de Oliveira e Priscila Almeida Cunha Arantes