Revista Educação Gráfica

Revista Educação Gráfica

CUSTOMIZAÇÃO DE CADEIRA DE RODAS COMO AGENTE REDUTOR DO ESTIGMA ASSOCIADO A PERCEPÇÃO DE NÃO USUÁRIOS / WHEELCHAIR CUSTOMIZATION AS A MEANS OF REDUCING STIGMA ASSOCIATED WITH THE PERCEPTION OF BEING A NON-USERS

Resumo

O artigo analisa como a customização de cadeiras de rodas pode reduzir o estigma associado a estética da tecnologia assistiva. No Brasil, cerca de 7,8 milhões de pessoas têm deficiência nos membros inferiores, e a cadeira de rodas é frequentemente associada à ideia de incapacidade. O estudo investiga como a personalização estética desses dispositivos pode melhorar tanto a autoimagem quanto a percepção social dos usuários. Foram criados modelos tridimensionais com alterações classificadas em adição, modificação e eliminação de itens. Questionários com diferencial semântico avaliaram a percepção de não usuários. Os modelos customizados foram relacionados a termos positivos como “atraente” e “sociável”, enquanto os modelos tradicionais mantiveram estigmas de dependência. No entanto, a eliminação de itens funcionais acentuou o estigma, indicando a importância de equilibrar estética e funcionalidade. Participantes jovens e sem contato com usuários de cadeira de rodas mostraram maior variação de opinião, enquanto os mais velhos e familiarizados apresentaram aceitação mais constante. O estudo conclui que a personalização estética é um fator crucial para ressignificar a experiência do uso de cadeiras de rodas e promover sua aceitação social.

Palavras-chave: Cadeira de rodas; customização; estigma; inclusão social; Personalização; Tecnologia assistiva.

 

Abstract

This article analyzes how wheelchair customization can reduce the stigma associated with the aesthetics of assistive technology. In Brazil, approximately 7.8 million people have lower limb disabilities, and wheelchairs are frequently associated with the idea of ​​incapacity. The study investigates how the aesthetic personalization of these devices can improve both the self-image and social perception of users. Three-dimensional models were created with alterations classified as additions, modifications, and eliminations of items. Questionnaires with semantic differentials assessed the perception of non-users. The customized models were associated with positive terms such as “attractive” and “sociable,” while the traditional models maintained stigmas of dependence. However, the elimination of functional items accentuated the stigma, indicating the importance of balancing aesthetics and functionality. Young participants and those without contact with wheelchair users showed greater variation in opinion, while older and more familiar participants showed more consistent acceptance. The study concludes that aesthetic personalization is a crucial factor in reframing the experience of wheelchair use and promoting its social acceptance.

Keywords: Wheelchair; Customization; Stigma; Social inclusion; Personalization; Assistive technology

Autores

Erick Zipperer Janckowski Isabella de Souza Sierra

Baixe o Arquivo Completo